Castro e a máquina de guerra fluminense
- Luís Delcides
- há 2 horas
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Em meio as comemorações, as vitórias do campo democrático, a reunião dos presidentes Trump e Lula no último domingo e o acordo para a redução das sanções tarifárias aos produtos brasileiros; acontece a operação desastrosa da Policia Fluminense comandada pelo Governador Claudio Castro.
O Governador é um cantor gospel mediano. De um módico vice-governador a governador de Estado. A população fluminense, embarcada no “conto da aia” da mídia hereditária – Esquerda é câncer, é pecado - votaram nos tradicionais, país de família e gente de bem e o resultado foi bala perdida, granada lançada por drone, comércio fechado e interrupção do transporte público.

Trazendo para este artigo as lições de Gilles Deleuze e Félix Guatarri (1999) em Mil Platôs, o Estado adquire um exército e pressupõe uma integração jurídica da guerra e a organização de uma função militar. Ou seja, a Máquina de Guerra, comandada pelo Conservadorismo Fluminense, é efetivamente irredutível ao aparelho de Estado local.
O que aconteceu na última terça-feira, no Estado do Rio, especificamente na baixada fluminense, é comparado a uma distribuição em um espaço aberto, onde o movimento se torna perpétuo – toda a vez que a policia ou o Batalhão de operações ocupa as comunidades é tiro, pancada e bomba pra todo o lado - alicerçando na descrição de Deleuze e Guatarri (1999): sem alvo, sem destino, sem partida e nem chegada.
A operação estúpida de hoje desterritorializou os moradores da comunidade. Trata-se de um outro movimento. Ou seja, uma nova relação de espaço-tempo ao trazer as ideias extraídas do Mil Platôs de Deleuze e Guatarri para a situação vivenciada no dia de hoje na baixada fluminense.
Uma operação desastrosa. Forças públicas que chegam sem causa, sem razão e sem destino. Já iniciam uma mega invasão metralhando, disparando tiros a esmo, assustando moradores, tirando o sossego e a liberdade econômica dos comerciantes locais e dos trabalhadores no deslocamento para os respectivos postos de trabalho.
A outra lição que trago de Deleuze e Guatarri para a situação vivenciada no dia de hoje nos ataques atabalhoados do Rio de Janeiro é a confusão da violência magica de Estado e com a instituição militar de Estado. Quando a máquina de guerra estabelece uma certa velocidade, há um grande risco de identificar a relação estrutural entre dois polos da soberania política e a sua relação com a soberania de guerra.
Ou seja, a intenção do Governador do Estado e seus auxiliares não é apenas atingir a massa trabalhadora da baixada fluminense, é acertar e desestabilizar a ascensão do Governo Federal, especialmente nos seus acertos com a economia, questões comerciais com outros Estados estrangeiros e a negociação com os EUA que ocorreu no último domingo.

O conservadorismo rasteiro liberalóide brasileiro não tem a capacidade mental, intelectual e técnica para agir de forma racional. É uma gente que precisa causar, tem a necessidade de embaralhar para que a máquina de guerra passe a atuar unicamente sob a forma do negativo, como diz Deleuze e Guatarri.
Como o Estado Fluminense se apropria da máquina de guerra Estatal (Policia Militar). Ele até faz uma investigação. Logo, em vez de ir nos alvos, de uma forma inteligente, discreta e surpreendente, as forças públicas preferem chegar atirando, causando, jogando bombas na comunidade de forma sorrateira e irresponsável.
No entanto, a guerra é hibrida. Ela não apenas acontece em solo fluminense! Acontece nas redes sociais, especialmente na tóxica rede X, onde a direita faz barba, cabelo e bigode e espalha a fake News esmeradamente. Contudo, o militante do campo democrático em vez de denunciar, silenciar e bloquear; prefere argumentar e favorecer o opositor na divulgação.
Infelizmente, a esquerda não acordou.
Os fatos são arquitetados para tentar desestabilizar um governo progressista focado na soberania e na luta pela liderança e presença internacional. Importante mencionar o desejo pelo atraso e retrocesso da extrema-direita.
Claudio Castro, e sua máquina de guerra fluminense, voltam para si mesmos. Contudo, atingem trabalhadores, crianças, pais de família, trabalhadores e pequenos comerciantes. Destroem sonhos e vidas.
Querem apenas passar uma imagem arranhada do Brasil. Logo, Castro e seu conglomerado do atraso não vão conseguir. O Brasil é grande e o campo democrático-progressista é muito forte.

