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Inteligência Artificial gera revoluções

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    Redação
  • 2 de jul.
  • 2 min de leitura

Por José Vital* - Coordenador da Frente IA com Direitos Sociais - 


A renda se concentra, a tecnologia avança e o trabalho desaparece. O colapso social deixou de ser futuro, virou presente

O avanço na concentração de renda é generalizado nos países capitalistas. No Brasil, os CEOs de empresas listadas na Bolsa de Valores ganham, em média, entre R$ 2 milhões e R$ 20 milhões. Para os trabalhadores, a renda média em 2024 foi de R$ 3.057, evidenciando a pobreza e a precarização no mundo do trabalho. A informalidade representa 39 milhões de brasileiros — quase 40% da população ocupada. A baixa mobilidade social mina a confiança nas instituições democráticas e acelera as tensões sociais.


Com o avanço das tecnologias de inteligência artificial nas empresas, cresce a insegurança entre os trabalhadores, mais ou menos qualificados, com maior ou menor grau de instrução. Jensen Huang, CEO da NVIDIA — fabricante de chips utilizados em inteligências artificiais como o ChatGPT — afirmou, em recente entrevista, que a capacidade das principais IAs no mundo está dobrando a cada três meses. Daqui a um ano essas IAs terão capacidade 16 vezes maior, e, em três anos, esse aumento será de 4.096 vezes!


Empresas correm para lançar carros e caminhões sem motoristas; indústrias produzem de tudo com robôs automatizados; e há avanços enormes em pesquisas científicas, com velocidade e resultados obtidos em poucos meses. Quem vai consumir tudo isso, diante do avanço acelerado da precarização e do desemprego tecnológico?


Precarizados, desempregados e desesperados, uni-vos! É evidente a necessidade de que grandes empresas estratégicas, que utilizam inteligência artificial na produção, sejam de propriedade social, em benefício de milhões de brasileiros. Quem irá enfrentar o caos social decorrente dessa nova realidade, que exige solidariedade para proteger os direitos sociais da imensa maioria da população?


Existem anos que passam como dias, tamanha a lentidão das mudanças. Agora, teremos dias que passarão como anos, exigindo novos paradigmas e empatia com as necessidades de quem deseja uma vida com dignidade. Lideranças e ativistas sociais e sindicais, pesquisadores, parlamentares, partidos e governantes são chamados à imediata atualização e qualificação diante de desafios inéditos.


Sobre o autor: José Vital é publicitário e atuante no movimento social e político desde os anos 1980. Trabalha na agência Teia Digital para mais de 30 entidades sindicais na comunicação política e de direitos sociais. Atua também como secretário de Organização e Comunicação da Frente Inteligência Artificial com Direitos Sociais

 
 
 

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