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Isabela Rocha denuncia aliança entre big techs e extrema direita para capturar a soberania digital brasileira

  • Foto do escritor: Atitude Popular
    Atitude Popular
  • 14 de mai.
  • 2 min de leitura

Em entrevista ao Democracia no Ar, pesquisadora da UnB afirma que PL das Fake News foi sabotado por interesses estrangeiros e alerta para o papel de Bannon na arquitetura do metatrumpismo global


A pesquisadora Isabela Rocha, da Universidade de Brasília, foi a entrevistada do programa Democracia no Ar, da TV Atitude Popular, onde analisou os mecanismos contemporâneos de erosão da democracia, impulsionados pela simbiose entre extrema direita, plataformas digitais e um projeto global de poder coordenado por figuras como Steve Bannon. O ponto central de sua pesquisa é o conceito de “metatrumpismo”, uma racionalidade autoritária e performática que sobrevive à derrota eleitoral e opera dentro das instituições, com forte apoio das big techs.

Segundo Isabela, esse novo ciclo do autoritarismo digital atua sob a fachada de inovação, mas serve a um propósito regressivo:

“A captura algorítmica da opinião pública e a militarização da comunicação nas plataformas digitais estão no centro do projeto político de Bannon e seus aliados, que enxergam o Brasil como um laboratório estratégico.”

Ela apontou que o PL das Fake News, ao tentar estabelecer regras mínimas de transparência e responsabilização das plataformas, foi sabotado pelas próprias big techs em aliança com a bancada da extrema direita.

“Foi uma reação brutal, orquestrada, em que se dizia que o projeto era censura. Mas censura é o que os algoritmos privados já fazem hoje, sem nenhum controle social”, afirmou.

Isabela também destacou que há uma falsa neutralidade na arquitetura algorítmica das plataformas, que favorece conteúdos sensacionalistas, violentos e desinformativos. “Os algoritmos moldam o debate público com critérios que têm dono. E os donos têm interesses econômicos e geopolíticos muito claros”, disse.

Em um dos trechos mais contundentes da entrevista, ela alertou que o modelo de negócios das plataformas está diretamente associado à corrosão da soberania informacional.

“O que está em jogo não é só o fluxo de memes ou de vídeos. É o controle da infraestrutura comunicacional de um país. E, no caso do Brasil, a desinformação vem sendo usada como arma para inviabilizar políticas públicas, sabotar o Estado e minar a confiança nas instituições democráticas.”

Questionada sobre os desafios para enfrentar essa realidade, Isabela defendeu uma regulação firme, popular e soberanista.

“Não podemos depender da boa vontade de CEOs do Vale do Silício para proteger a democracia brasileira. É preciso regulação estatal, transparência nos algoritmos e investimento em comunicação pública.”


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