O fetiche da revolução versus a luta pela soberania
- Atitude Popular
- há 3 dias
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Em meio à guerra híbrida e ao ataque à soberania comunicacional, projeto de Eduardo Moreira consolida lógica de mercado e fragmenta o campo progressista

No programa Democracia no Ar, o assistente social Adriano Felipe, do canal Reflexões Contemporâneas, alertou para o avanço da guerra híbrida no Brasil e denunciou o papel desestabilizador que setores da própria esquerda vêm exercendo no campo simbólico. Sua crítica central foi direcionada ao projeto ICL Eterno, de Eduardo Moreira, que, sob o pretexto de promover formação política, oferece pacotes de “revolução” a R$ 10 mil, reproduzindo a lógica do mercado e do consumo dentro de um espaço que deveria ser coletivo, popular e soberano.
Com apresentação de Sara Goes e comentários de Reynaldo Aragon, o programa denunciou a captura da linguagem revolucionária por um discurso empresarial que transforma utopia em mercadoria, neutraliza a radicalidade do pensamento crítico e sabota a construção de um ecossistema comunicacional realmente autônomo.
“Enquanto o governo enfrenta uma ofensiva internacional e tenta reconstruir as bases da soberania nacional, parte da esquerda prefere vender revolução no crédito e atacar o único projeto viável contra o fascismo”, afirmou Adriano.
A crítica se insere em um contexto mais amplo de disputa informacional, em que a extrema direita opera com armas digitais, redes financiadas e algoritmos a favor. Segundo Aragon, a fragmentação do campo progressista e a busca por hegemonia de canais como o ICL comprometem a construção de trincheiras comunicacionais populares. “A soberania comunicacional exige capilaridade, diversidade e construção coletiva. Não há soberania possível com monopólio simbólico e marketing de identidade”, disse.
O debate reafirmou que a eleição de 2026 será um novo marco na guerra híbrida em curso, com ataques coordenados às instituições, à democracia e à infraestrutura informacional do país. Diante disso, Adriano defendeu uma linha clara de enfrentamento:
“ou Lula se reelege ou o fascismo volta com mais força, mais método e mais controle sobre o aparato comunicacional. A esquerda que nega essa realidade está colaborando com o inimigo, mesmo que não perceba”.
Para os participantes, a defesa da soberania comunicacional não passa por pureza estética nem por radicalismos performáticos. Passa por formação política enraizada na vida real, resistência territorial, financiamento popular e unidade estratégica. “Não existe revolução vendida por boleto. Existe luta concreta contra um império que já está operando para destruir o Brasil por dentro”, concluiu Adriano.
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