“O problema não é a tecnologia, mas como ela é concebida”
- Atitude Popular
- 25 de ago.
- 2 min de leitura

Para Marcos Antenor, pesquisador do LiA² da UFU, a inteligência artificial reflete interesses do capital e só pode ser transformada pela organização popular
O programa Democracia no Ar, da TV Atitude Popular, recebeu nesta quarta-feira (21) Marcos Antenor, pesquisador, desenvolvedor de software e integrante do Laboratório de Inteligência Artificial Aplicada da Universidade Federal de Uberlândia (LiA²). A entrevista, conduzida por Sara Goes com comentários do jornalista Rey Aragon, abordou os efeitos da inteligência artificial no mundo do trabalho e os limites do poder das big techs.
Antenor foi categórico ao afirmar que a tecnologia não deve ser vista como neutra nem inevitável: “o problema não é apenas quem controla as plataformas, mas a forma como elas são concebidas, pensadas desde o início para priorizar interesses de grandes grupos econômicos”. Segundo ele, esse modelo de design está no centro da lógica de exploração digital, em que plataformas são criadas para monetizar conflitos e intensificar disputas políticas, ampliando desigualdades sociais.
O pesquisador também destacou o papel dos movimentos sociais na construção de alternativas. Ele citou o trabalho do núcleo de tecnologia do MTST, que desenvolve soluções digitais voltadas para demandas reais, como o aplicativo criado para a Rede de Mulheres do Maranhão. “Quando pensamos tecnologias a partir das necessidades concretas da classe trabalhadora, mostramos que outro futuro é possível”, afirmou.
Para Antenor, a disputa em torno da inteligência artificial é, no fundo, uma disputa política. “Precisamos atacar o núcleo racional da tecnologia, o modo como ela é desenhada e para quem ela serve. Só assim a gente pode imaginar um futuro que não seja ditado pelos interesses do capital, mas pelas necessidades coletivas.”
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