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O iluminismo de Lula e o obscurantismo de Trump

  • Foto do escritor: Luís Delcides
    Luís Delcides
  • 30 de set.
  • 2 min de leitura

Luís Delcides - Advogado e jornalista


23 de setembro é um dia diferente. Trata-se de uma manhã super especial. A expectativa do discurso do Presidente Luís Inácio Lula da Silva na ONU é muito grande – faço uma pausa proposital, pois amigos “direitosos” não vão aguentar ler o resto do texto. Meu conselho: levantem e bebam água. Depois voltem e leiam o restante. Volto ao raciocínio. Não precisa manjar muito de inglês ou de “ingreis” como diz a Dona Gina, minha vizinha que morre de ódio do comunismo sem ler a capa do “O Capital” do Marx, mas é perceptível o gestual, a postura dos dois chefes de Estado durante o discurso na 80º Assembleia anual da Organização das Nações Unidas – ONU.


Presidente Lula estava firme, com fala pausada. Discurso inspirado no iluminismo – muito bem pontuado por Rey Aragon em “Lula, ONU e o resgate do iluminismo” – não uma simples retórica, mas um alumbramento encarnado na materialidade da vida, no dia a dia. Pra ficar mais fácil, os direitos sociais bem delineados no art. 6º da Constituição da República de 1988.


Para a Irmã Cremilda, que só faz oração em línguas pra pneu e esqueceu da leitura adequada da Bíblia: o livro dos Gênesis, o primeiro dos pentateucos, no capítulo 1, versículo 26 diz: “Façamos o homem a imagem e a sua semelhança”. Ou seja, reforça a importância do princípio da dignidade da pessoa humana, positivado no artigo 1º, inciso III da Carta Política de 1988.


Ou seja, são valores, direitos, expor a realidade de pessoas excluídas, a proteção dos inocentes. Afinal, o presidente Lula dá nomes a situação vivida pelos palestinos em Gaza e faz uma convocação a gramática do Direito Internacional Humanitário para proteger os inocentes.


Por isso não faz sentido as igrejas protestantes brasileiras não tocarem na questão Palestina. Também não faz sentido a leitura seletiva da Bíblia por ligações históricas e ancestrais ao fazer menção a Sansão, quando foi a Gaza destruir o templo que matou 3 mil filisteus, ao fazer uma menção ao último capítulo do livro de Juízes – o proibido para menores como dizem os pastores Ed Rene Kivitz e Kenner Terra, da Igreja Batista de Água Branca. No entanto, é incabível os ataques a ONU, descrédito as questões ligadas ao meio ambiente e a corrosão da confiança por parte de Donald Trump. Aliás, que diferença! O Presidente brasileiro com um discurso firme, propositivo, muito a vontade no púlpito e com uma fala firme. Já, Trump, uma fala comedida, desconfiada e apoiando o seu corpo no púlpito quase nem abria a boca para proferir as palavras.


Por isso que não é preciso ter fluência em inglês para perceber a diferença entre os dois chefes de Estado. As posturas e a entonação revelam essa distinção entre ambos. Enquanto Lula aposta em uma multipolaridade cooperativa, o chefe de Estado do cabelo alaranjado quer transformar uma vítima histórica em ameaça perpétua.


Os dois chefes de Estado são comparáveis a Irmã de oração da igreja ao emitir um discurso medroso, negativo e ameaçador com D’us acima de tudo. Ao contrário do amigo de confraria apenas diz: siga em frente, vai dar certo é só se dedicar. Sim, Presidente Lula é a irmandade, é a defesa da soberania política e informacional.

1 comentário


Luis Delcides Rodrigues da Silva
Luis Delcides Rodrigues da Silva
30 de set.

Bom dia, leitores! Só um adendo ao último parágrafo. O correto é " Trump é comparável a irmã de oração da igreja ao emitir um discurso medroso, negativo e ameaçador com D'us acima de tudo."


Obrigado!

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