Victor Panchorra defende comunicação comunitária como trincheira da democracia
- Atitude Popular
- 21 de mai.
- 2 min de leitura
Em entrevista à TV Atitude Popular, comunicador denuncia cerco às rádios livres e critica ausência de políticas públicas para mídia popular
O programa Democracia no Ar, transmitido pela TV Atitude Popular, recebeu nesta semana o comunicador Victor Panchorra, integrante da rede de rádios comunitárias e defensor histórico da comunicação popular. A entrevista foi marcada por um diagnóstico contundente sobre o apagamento das rádios comunitárias no Brasil e a ausência de políticas públicas que valorizem a comunicação fora dos grandes conglomerados midiáticos.
“A comunicação comunitária é uma trincheira da democracia. Mas está sendo sistematicamente silenciada pelo Estado brasileiro”,
afirmou Panchorra, ao destacar que a radiodifusão popular sofre perseguição tanto dos órgãos reguladores quanto do mercado, sem qualquer tipo de proteção institucional.
Segundo ele, há um descompasso gritante entre o discurso progressista e a prática governamental.
“O governo fala em democracia, mas mantém uma estrutura que criminaliza as rádios livres. Continuamos sendo tratados como piratas, enquanto as grandes redes seguem monopolizando o espectro e o orçamento público”, denunciou.
Panchorra também chamou atenção para o papel estratégico da mídia popular na construção de imaginários coletivos e na resistência territorial. “A comunicação comunitária é feita por quem mora na quebrada, por quem conhece a luta cotidiana. Não é marketing, é vivência. É por isso que incomoda tanto”, declarou.
Durante a conversa, ele compartilhou experiências com rádios de periferia e denunciou a ausência de editais específicos, apoio técnico e financiamento público para veículos não corporativos.
“Não basta combater a fake news com agência de checagem. Precisamos de redes vivas, locais, com vozes múltiplas. Isso não se resolve com um post institucional”, afirmou.
Os apresentadores do programa reforçaram a necessidade de uma nova política de comunicação que enfrente o monopólio midiático e reconheça a comunicação como direito fundamental. “Tem uma galera que já faz comunicação de verdade nas bordas do sistema. O que falta é o Estado deixar de atrapalhar”, provocou Reynaldo Aragon.
Panchorra finalizou com um apelo à ação política.
“Se a comunicação é um direito, então ela precisa ser garantida. O tempo da promessa já passou. O povo quer microfone, não migalha.”
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