De boné, Lula reforça discurso contra tarifaço e big techs

Lula transformou o boné com a frase “O Brasil é dos brasileiros” em peça central de sua comunicação política, usando o acessório durante reunião ministerial para atacar o tarifaço de Donald Trump, cobrar a cassação de Eduardo Bolsonaro e defender a regulamentação das big techs, gesto que confirma a análise do artigo Cabeça de Lula, oficina de símbolos sobre a disputa de narrativas através de signos visuais

Durante reunião ministerial nesta terça-feira, 26 de agosto de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apareceu com um boné estampado com o slogan “O Brasil é dos brasileiros”. A escolha do acessório não foi casual. O gesto reforça a estratégia de comunicação simbólica do governo e corrobora a análise já apresentada no artigo Cabeça de Lula, oficina de símbolos, publicado pelo site Código Aberto, que discutia como chapéus e bonés se transformaram em ferramentas políticas na atual gestão.

Ao exibir o boné Lula aproveitou para criticar o “tarifaço” de Donald Trump, que impôs sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros. “Quem quiser atuar nos 8 milhões de km² do Brasil deve respeitar a Constituição e não o presidente de outro país”, afirmou, em recado direto ao republicano. Lula também voltou a cobrar a cassação de Eduardo Bolsonaro, apontado como articulador do tarifaço, e defendeu a regulamentação das big techs, classificando a ausência de regras como ameaça à democracia.

O presidente ainda comentou a guerra na Ucrânia, avaliando que o fim do conflito “está para chegar ao final”. As declarações se somam a um esforço de comunicação que busca associar símbolos visuais ao projeto de soberania nacional, reforçando a disputa narrativa em torno do papel do Brasil no cenário global.