Luiz Fux, o raio-x de um agente do imperialismo.
- Rey Aragon
- há 13 horas
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Como um voto solitário no STF se converteu em arma da guerra híbrida, expondo a Corte, fortalecendo a extrema-direita e servindo ao imperialismo.
Em um dos momentos mais sombrios da história do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux assinou um voto que não apenas rompeu com sua própria trajetória, mas também lançou seus pares à fogueira, entregando à extrema-direita e aos interesses externos a narrativa perfeita para corroer a democracia brasileira.
Introdução

O voto de Luiz Fux no julgamento do 8 de janeiro não foi apenas uma divergência jurídica. Foi um ato político de consequências históricas, um divisor de águas que escancara como as instituições brasileiras seguem atravessadas pela lógica da guerra híbrida. O que vimos não foi um exercício técnico de direito constitucional, mas a assinatura de um ministro que decidiu se colocar como antagonista de seus pares, do próprio Supremo e, sobretudo, da democracia.
Fux abandonou o silêncio que sempre cultivou nos bastidores e, com um voto mais longo que o do relator, monopolizou a cena. Exigiu que não fosse interrompido, transformando a sessão em um monólogo — um pacto de silêncio que dissolveu a natureza dialógica do tribunal. Mais do que apresentar teses, buscou protagonismo: cada palavra, cada metáfora, cada ironia parecia calibrada para circular nas redes bolsonaristas e reforçar a narrativa da extrema-direita.
Não se trata de um detalhe técnico. Trata-se de um movimento calculado, de um homem que até ontem endossava a linha punitivista do Supremo e agora, de súbito, veste a capa de garantista seletivo. O mesmo ministro que aceitara a denúncia contra Bolsonaro em março é o que hoje pede sua anulação. A contradição não é acidental: é a marca de quem age com intenção política e estratégica, colocando em risco não apenas a coerência da Corte, mas a própria credibilidade do sistema democrático brasileiro.
O pacto do silêncio e o monólogo da traição

O Supremo Tribunal Federal é, por essência, um espaço de dialética. A tradição do tribunal sempre foi marcada pelo embate de ideias, pelas intervenções de ministros que constroem, na divergência, a legitimidade das decisões. Ao abrir seu voto, Luiz Fux exigiu um pacto inédito: que não fosse interrompido, que sua palavra fosse ouvida em silêncio absoluto, sem apartes, sem contrapontos. O resultado foi um monólogo travestido de voto jurídico, mas que na prática funcionou como ato performático, calculado para se impor sobre a Corte.
Esse silêncio compulsório revela mais que um detalhe de rito — é a manifestação de uma lógica autoritária. Quando um tribunal deixa de ser espaço de diálogo e se converte em palco de um só, há uma ruptura com a essência da justiça como síntese da pluralidade. O pacto que blindou Fux de qualquer intervenção foi, na prática, um erro estratégico da instituição, pois deu a ele as condições para produzir um voto longo, contraditório e politicamente calibrado, sem resistência imediata.
Do ponto de vista do materialismo histórico-dialético, essa cena ilustra a inversão entre forma e conteúdo. A forma — um voto solene e “técnico” — oculta o conteúdo real: um ato político de desestabilização institucional. O STF, ao aceitar o silêncio como regra, deixou de lado sua função de contraditório para ceder espaço a um ato monológico de guerra cultural. O que deveria ser a síntese de divergências se tornou o triunfo da imposição unilateral.
O conteúdo do voto

O voto de Luiz Fux foi apresentado como peça técnica, mas o conteúdo revela uma construção política cuidadosamente articulada. Três eixos centrais estruturaram sua fala: a declaração de incompetência absoluta do STF, o argumento de cerceamento de defesa e a decisão de absolver os réus no crime de organização criminosa.
Primeiro, ao sustentar que o Supremo não teria competência para julgar os acusados por falta de foro por prerrogativa de função, Fux pediu a nulidade total do processo desde o recebimento da denúncia. Isso não apenas colide com seu próprio posicionamento anterior, quando votou favoravelmente à aceitação da acusação, mas também significa desautorizar todo o trabalho da Procuradoria-Geral da República e dos ministros que até então haviam conduzido o caso.
Em seguida, trouxe à cena a imagem do “tsunami de dados”, expressão importada do jargão norte-americano “document dumping”, para afirmar que as defesas não tiveram prazo razoável para examinar as provas. Sob aparência de zelo garantista, o argumento funcionou como linha auxiliar para justificar a anulação do processo inteiro, deslocando o debate da substância — a tentativa de golpe de Estado — para um detalhe processual.
Por fim, rejeitou o enquadramento no crime de organização criminosa, afirmando que não havia provas suficientes de hierarquia e estabilidade. Assim, retirou o peso simbólico da articulação golpista e diluiu os atos em episódios esparsos, como se não houvesse um projeto centralizado de ruptura democrática. Para reforçar essa narrativa, chegou a comparar os ataques de 8 de janeiro com as manifestações de 2013 e com ocupações do MST, ignorando que ali não se tratava de contestação social difusa, mas de um ataque coordenado ao Estado democrático de direito.
Cada um desses eixos serviu como ferramenta de guerra híbrida: transformar crimes políticos em falhas processuais, reescrever a história recente como se fosse mera desordem pública e oferecer slogans prontos — “incompetência absoluta”, “tsunami de dados”, “banalização da organização criminosa” — para serem amplificados pelo ecossistema bolsonarista.
Incoerência histórica

O maior traço do voto de Fux é a incoerência histórica. O ministro que por anos construiu uma trajetória marcada pelo punitivismo — ao ponto de inspirar o slogan “In Fux we trust” no auge da Lava Jato — hoje se apresenta como garantista seletivo, disposto a rasgar sua própria biografia para servir a um propósito político imediato.
Em março de 2025, o mesmo Fux acompanhou por unanimidade a 1ª Turma na aceitação da denúncia contra Bolsonaro e outros réus do núcleo central do golpe. Ali, rejeitou todas as preliminares que agora invoca: não viu incompetência do STF, não apontou nulidades, não questionou o rito. Aceitou o processo, tornou os acusados réus e validou a atuação da Procuradoria-Geral da República.
Meses depois, no voto desta semana, inverte tudo: pede nulidade desde a denúncia, declara a incompetência absoluta da Corte e acusa a acusação de cerceamento de defesa por excesso de provas. O mesmo ministro que já sustentou o rigor do STF em episódios semelhantes decide agora apagar sua assinatura anterior, deixando pares e PGR em maus lençóis.
Essa incoerência não é apenas um detalhe da memória institucional. É a demonstração de que o voto não nasce da coerência jurídica, mas da conveniência política. Fux abre mão da linha que o consolidou como punitivista para abraçar, de maneira oportunista, uma postura garantista instrumentalizada. O resultado é a corrosão da confiança pública: se o próprio STF muda de posição de acordo com as pressões do momento, como sustentar a estabilidade democrática?
Protagonismo calculado

O voto de Luiz Fux não foi apenas longo: foi deliberadamente construído para assumir o protagonismo do julgamento. Com mais tempo de fala que o próprio relator, Alexandre de Moraes, e sustentado sob o pacto de silêncio que blindou sua exposição, o ministro transformou a sessão em palco exclusivo para seu discurso.
Cada detalhe foi milimetricamente planejado. A ausência de apartes, a teatralidade de expressões como “incompetência absoluta” e “tsunami de dados”, as comparações descontextualizadas com os black blocs de 2013 ou com o MST, a ironia de chamar as urnas de “torradeiras” — tudo foi calculado para sair da liturgia jurídica e ganhar vida nas redes sociais, onde slogans valem mais que sentenças.
Esse protagonismo não se explica apenas pela vaidade pessoal. Ele atende a uma lógica maior: a de oferecer à extrema-direita uma narrativa robusta, assinada por um ministro do STF, capaz de ser explorada tanto nas disputas digitais quanto nas pressões políticas dentro e fora do Congresso. Fux se coloca, assim, como antagonista direto de Moraes e como símbolo de resistência contra a linha que vinha consolidando a responsabilização dos golpistas.
Na guerra cultural e híbrida, ocupar o centro da cena é tão ou mais importante que o resultado imediato. Fux sabe disso: ao monopolizar a sessão e gerar frases prontas para viralizar, inscreveu seu nome como referência da extrema-direita, ainda que como voto minoritário. O gesto de se alongar, de suplantar o relator, não é casual. É a marca de quem busca se converter em liderança política, mais do que em juiz técnico.
Fux herói da extrema-direita

Se no plenário do Supremo o voto de Fux soa como uma ruptura e um ato isolado, fora dele foi imediatamente recebido como triunfo pela extrema-direita. Nas redes sociais bolsonaristas, hashtags como #AnulaTudo e #FuxÉJustiça explodiram, transformando trechos de seu discurso em slogans de campanha. A ironia com as urnas, a fala sobre a “liberdade” dos acampamentos em frente aos quartéis e a crítica à “banalização da organização criminosa” já circulam como memes e “provas” de que Bolsonaro e seus aliados foram perseguidos.
Essa recepção não é espontânea. O voto foi calibrado para fornecer exatamente o que a militância digital precisava: frases curtas, facilmente replicáveis e com forte apelo simbólico. Ao oferecer esse material pronto, Fux se converteu em herói de um campo político que sempre declarou guerra ao STF, mas que agora encontra em um de seus ministros um aliado inesperado.
O impacto é imediato: advogados da defesa já falam em reverter condenações; parlamentares bolsonaristas ecoam as expressões do voto em plenário; influencers digitalizam cada metáfora como munição para desacreditar o Supremo. Em questão de horas, Fux deixou de ser apenas um magistrado para se tornar uma figura de referência política dentro do campo da extrema-direita, algo que nem mesmo ele havia experimentado em sua trajetória.
Aqui se revela a verdadeira dimensão da guerra híbrida: não importa se o voto será vencido por maioria, o que importa é que sua fala se converte em símbolo. A extrema-direita já o consagrou como herói, e sua assinatura agora compõe o arsenal de narrativas que buscam corroer a confiança no STF e reescrever a história do 8 de janeiro como se fosse mera perseguição política.
O papel das “outras mãos”

O voto de Luiz Fux foi extenso demais, articulado demais e calibrado demais para ser fruto apenas de sua caneta. A densidade de referências estrangeiras, como a importação do conceito de document dumping do direito norte-americano, somada à escolha de metáforas simples e viralizáveis — “tsunami de dados”, “torradeira”, “liberdade dos acampamentos” — indicam a presença de outras mãos invisíveis na elaboração do texto.
A hipótese não é de mera assessoria técnica, algo corriqueiro em tribunais superiores. O que se viu foi uma peça pensada para dialogar diretamente com a militância digital da extrema-direita, para ecoar na retórica parlamentar e até para soar nos corredores de Washington e Bruxelas. O voto foi redigido não apenas como manifestação jurídica, mas como documento político-informacional de guerra híbrida, com frases prontas para o ecossistema bolsonarista e, ao mesmo tempo, para think tanks conservadores internacionais.
O protagonismo buscado por Fux não foi isolado. Bastidores apontam que sua guinada surpreendeu pares e desautorizou a própria PGR, expondo colegas a constrangimento. Esse tipo de movimento não nasce apenas da vaidade pessoal: reflete pressões de redes empresariais que demandam “segurança jurídica”, de grupos políticos que necessitam de uma brecha narrativa e de interesses externos que operam lawfare como instrumento de controle.
Ao se converter em antagonista de Moraes, Fux assumiu um papel que a extrema-direita clamava há anos: o de um ministro capaz de desestabilizar a Corte por dentro. É essa confluência de interesses — nacionais e estrangeiros, digitais e institucionais — que transforma seu voto em mais do que uma divergência. É uma peça fabricada na encruzilhada do poder, onde se encontram as mãos invisíveis da guerra cultural e do imperialismo.
As redes de Fux

O voto de Luiz Fux não pode ser lido apenas como ato isolado de um magistrado. Ele é expressão de um circuito de redes políticas, empresariais e institucionais com as quais o ministro sempre manteve proximidade. Sua trajetória revela uma interlocução contínua com setores do capital financeiro e empresarial que demandam previsibilidade jurídica, com elites políticas que orbitam em torno da lógica da “segurança institucional” e com grupos militares que historicamente condecoraram sua atuação.
Em 2025, por exemplo, Fux foi figura central no Conseguro, maior evento de seguradoras do país, promovido pela CNseg, onde discursou em defesa da segurança jurídica e da previsibilidade regulatória. Foi também agraciado com honrarias como a Ordem do Congresso Nacional e condecorações militares — símbolos da interseção entre sua atuação no Judiciário e as expectativas de elites políticas e castrenses. Essas relações não são meramente protocolares: são sinais claros de um ministro que se move no tabuleiro como peça de confiança de grupos que defendem a manutenção do status quo econômico e a abertura para pressões externas.
Esse trânsito é reforçado pela adoção, em seu voto, de categorias oriundas do direito norte-americano, como “document dumping”, que indicam afinidade discursiva com referenciais externos e um olhar para além do contexto jurídico brasileiro. Assim, o voto se converte em mais um indício de como Fux não atua apenas como magistrado, mas como nó em uma rede mais ampla, que conecta interesses empresariais, pressões internacionais e projetos políticos internos.
Ao se alinhar discursivamente com setores conservadores globais e com a militância digital da extrema-direita nacional, Fux revela que sua atuação não é apenas resultado da hermenêutica jurídica, mas da confluência entre múltiplos vetores de poder. O voto é, portanto, não apenas um gesto de incoerência individual, mas o reflexo de redes que encontram nele um agente estratégico.
Guerra híbrida em ação

O voto de Fux é um manual de guerra híbrida em pleno exercício. Cada argumento, cada metáfora e cada silêncio imposto no plenário operam não apenas no campo jurídico, mas sobretudo no campo simbólico e informacional. Ao declarar a incompetência absoluta do STF, ele não apenas fragiliza a Corte, mas fornece à extrema-direita a munição discursiva para sustentar a tese de perseguição e lawfare. Ao falar em “tsunami de dados”, cria um jargão midiático que transforma o excesso de provas contra os golpistas em uma arma contra a acusação.
Esse movimento não é neutro. Na guerra híbrida, o objetivo central é corroer a confiança institucional por dentro, usando as próprias regras do jogo para deslegitimar o árbitro. O voto de Fux desloca o eixo da discussão: o que estava em jogo não era mais a tentativa de golpe, mas o rito processual, a quantidade de provas, a classificação penal. Essa estratégia gera cinismo e desorientação, exatamente como preveem os manuais de operações psicológicas.
Além disso, a performance de Fux foi pensada para o ecossistema digital. As frases “urna como torradeira” e “liberdade dos acampamentos” já circulam como memes, reinterpretando espaços golpistas como manifestações legítimas e ironizando o sistema eleitoral. Essa transformação de falas jurídicas em slogans de internet é a engrenagem central da guerra cultural: oferecer símbolos prontos para viralizar, mesmo que distorçam a realidade.
Assim, o voto opera em três níveis da guerra híbrida: lawfare (uso do formalismo para anular substâncias políticas), psyops (produção de cinismo e dúvida na sociedade) e info-ops (amplificação digital das narrativas). Não foi apenas um ato jurídico — foi um ataque sistêmico à confiança institucional, alinhado a interesses que transcendem a disputa processual.
Consequências múltiplas

O voto de Luiz Fux desencadeia uma cadeia de consequências que ultrapassam a esfera jurídica. No Judiciário, ele cria um precedente perigoso: se um ministro pode reverter o recebimento unânime de uma denúncia meses depois, a previsibilidade do sistema se dissolve. O STF, que deveria ser guardião da estabilidade democrática, passa a ser visto como palco de insegurança jurídica, corroendo sua autoridade interna e sua imagem perante a sociedade.
Na política interna, o gesto fortalece o campo bolsonarista. O voto já foi apropriado como prova de perseguição, alimentando a narrativa da anistia e oferecendo combustível para parlamentares que tentam limitar o poder do Supremo no Congresso. Cada frase de Fux, de “incompetência absoluta” a “tsunami de dados”, já circula como palavra de ordem, reorganizando as forças da extrema-direita em torno de uma bandeira jurídica.
No plano social e digital, a consequência é a legitimação de narrativas tóxicas. Ao chamar os acampamentos golpistas de “livres manifestações” e ao ironizar as urnas eletrônicas, Fux entrega munição para campanhas de desinformação que relativizam o 8 de janeiro. A esfera pública é contaminada pelo cinismo: se até um ministro do STF relativiza, então tudo pode ser reescrito.
Na esfera internacional, o impacto é imediato. Setores conservadores dos EUA e da Europa já utilizam o voto como “prova” de lawfare, reforçando a ideia de que Bolsonaro seria vítima de perseguição. Ao mesmo tempo, aliados democráticos do Brasil se veem diante de uma narrativa fragilizada: como sustentar a solidez institucional se a própria Corte produz discursos contraditórios?
Em todas as dimensões, o voto de Fux funciona como vetor de instabilidade. Ele abre espaço para que a extrema-direita recupere fôlego, para que o imperialismo encontre novas brechas de pressão sobre o Brasil e para que o próprio STF seja corroído de dentro. Mais que uma divergência jurídica, é a introdução de um vírus político no coração da democracia brasileira.
Síntese final

O voto de Luiz Fux não é apenas uma divergência jurídica. É um ato histórico de traição, mais profundo do que qualquer outro já registrado em nossa democracia. Ao declarar a incompetência absoluta do STF, ao relativizar os crimes de 8 de janeiro e ao oferecer narrativas prontas para a extrema-direita, Fux se converteu em um agente do imperialismo, alguém que não apenas abandona seus pares, mas que os expõe e fragiliza diante de toda a sociedade.
Na lógica da guerra híbrida, sua intervenção cumpre múltiplos papéis: enfraquece o Supremo por dentro, legitima o discurso fascista nas redes, cria slogans que viralizam no ecossistema bolsonarista e fornece insumos para pressões internacionais. Ao ironizar as urnas eletrônicas, ao chamar os acampamentos golpistas de manifestações legítimas, ao acusar a acusação de cerceamento por excesso de provas, Fux transforma a liturgia da justiça em um espetáculo de corrosão institucional.
A história registrará que, em um momento decisivo para a defesa da democracia brasileira, Fux escolheu o lado da instabilidade, da dúvida e da traição. Nenhum outro personagem — nem Bolsonaro, nem seus filhos, nem generais ou pastores extremistas — teve a ousadia de, de dentro da própria Corte, desferir um golpe simbólico tão profundo contra a soberania e a confiança popular.
É por isso que sua marca se inscreve como a de um traidor maior que Silvério dos Reis. Se aquele vendeu a Inconfidência em troca de privilégios, Fux entrega a democracia brasileira em plena era da guerra cultural e híbrida, servindo como instrumento do capital estrangeiro e do fascismo digital.
Seu voto será lembrado como divisor de águas: não pela força da maioria, mas pelo poder corrosivo da traição. Um marco sombrio que expõe a vulnerabilidade das instituições diante da manipulação imperialista e que exigirá, da sociedade e das forças democráticas, vigilância redobrada para que a democracia não seja novamente lançada às chamas.
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